sábado, 28 de março de 2009

Fila

Hoje passei duas horas numa fila.

Fui inscrever numa atividade, mas quando chegou minha vez, os lugares já estavam ocupados, então inscrevi-me em outra.

Vou agora, portanto, fazer aulas de tango pois as de forró estavam cheias, apesar da incredulidade daqueles que me conhecem.

Em outra notícia, vamos falar novamente de pirataria:

Primeiro, leiam este texto pró-pirataria.

http://www.forum-global.de/jm/art06-07/pirataria_legitima.html

Agora, uma análise do texto, do jeito que vi em uma discussão sobre o assunto

"Belo texto, quase uma aula de propaganda. Mas idéias bonitas não fazem necessariamente de algo verdade.
Vamos examinar o que temos.

Primeiro:
"Nossos amigos da indústria têm usado eficientemente os veículos da imprensa para culpar e criminalizar crianças, jovens e adultos que compartilham arquivos na Internet, tratando-os da mesma forma que aqueles que fazem comércio ilegal."

Por que essa rapidez por separar-se dos comerciantes ilegais? Por que não argumentam que eles ajudam a disseminar informação para aqueles que não podem buscar diretamente da fonte? Seria uma tentativa de justificar o erro, dizendo que "pelo menos eu não ganho dinheiro às custas de outro, apenas retiro dele sem pagar"?

Seguimos com uma ode à pirataria. Oh, como nunca percebi que os piratas eram tão legais? Eles roubavam a torto e a direito, violentavam mulheres, matavam homens, mas eles não faziam comércio! Deviam ser caras muito justos e chamá-los de criminosos é propaganda da maquiavélica mídia capitalista. Está certo que você desconsiderou essa parte sobre os piratas históricos, mas a meu ver o modo como o autor se esforça para fazer criminosos cruéis parecerem heróis libertadores diz muito sobre o quanto devo confiar nos argumentos dele para o resto do artigo.

Além disso, escambo nada mais é do que troca direta, enquanto comércio é troca indireta, usando o dinheiro como medida. Não muito diferente do que o autor alega que os piratas praticavam, não é?
Seria novamente uma tentativa de justificar-se?

Adiante:
"A regra é simples: tem dinheiro na jogada não é pirataria."
Donde surgiu essa pérola? Alguém realmente acreditava que os piratas atacavam os maldosos imperialistas para libertar prisioneiros e escravos? Eles iam em busca das riquezas mesmo, que eles gastavam quando chegavam em terra, eles não precisavam depositar em um banco.

Agora, temos a fábula do delicioso bolo da vovó. Que lindo mundo esse, onde podemos compartilhar comida com todos. Agora, que tal acordar para o mundo real e fazer algumas perguntas?
Primeiro, essa história colocou como protagonista uma simpática velhinha que certamente não se importaria em dar bolos para os mais necessitados. Vamos agora alterar uns detalhes: imaginemos ao invés da vovó temos um padeiro. Ele sabe fazer um bolo maravilhoso, como ninguém faz igual. E ele diz que você tem que pagar para poder comer o bolo dele. Você realmente vai argumentar que ele tem que ceder o bolo de graça? Ele sabe que se ele criar o bolo, alguém vai pegar e copiar, e ele não vai ganhar nada, portanto ele decide desde o início não fazer o tal bolo.
Percebem? Agora não teremos mais o maravilhoso bolo.

Pode parecer cruel, mas muitas pessoas trabalham motivadas pelo lucro. Esta é a sociedade em que vivemos. Pode não ser uma maravilha utópica, mas funciona. Se não tivessem assegurado o direito dos autores em épocas passadas, poderíamos não ter várias obras da cultura mundial
que foram criadas para alimentarem o autor.

Pode ser muito bonito chamar o autor de "criador" ou "co-criador", mas isso é simplesmente "arranhar e soprar" se você não respeitar os
direitos dele.

Como eu falei na primeira mensagem, por que, se vocês são tão contra programas fechados, vocês não tentam criar os seus para distribuir livremente? Talvez assim vocês entendam o trabalho que o autor depositou em sua obra."

Que vocês acham de ambas argumentações.

Nenhum comentário: